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Microcontos

  • Pedro Lobato Moura
  • 19 de dez. de 2018
  • 1 min de leitura

Duende (de Rosa e Barros)

O mundo é cheio de passagens secretas para outras dimensões, e todas as mentes se encontram, pelos jardins inconscientes. O duende sentado no fungo tem uma chave-mestra.

Não, não há propósito – não há – tudo é invenção, delírio. Porém, cantamos. Apesar, cantamos. Ademais, cantamos. Não obstante. Contudo. E Deus acha bom.

A fome e a literatura

A fome encontrou a literatura, estava sem tempo, mas aceitou dar um autógrafo. A literatura, então, sacou uma nota de cem. A fome compreendeu. Eram irmãs, afinal.

Coisa de estimação

O meu vasinho de barro verde-e-amarelo cheio de terra, com suculentas plantadas em arranjo, quebrou. É muito triste e irreversível, é trágico e é por isso que eu escrevo.

Não para ficar ali, amplificar a colisão, a quebra – não.

Para digerir, e ficar maior. São as tragédias que nos levam a aceitar verdades maiores. Que nosso amor verde-e-amarelo vai muito além daquele um vaso, é feito um judaísmo, algo que traremos conosco escondido debaixo da pele. Era só barro.

E também o que não se quebra, depois de toda quebradeira.

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