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Uns poemas chineses para estrear

Pedro Lobato Moura

Desenho da árvore: Fernanda Daniela.

Meu sol precisa de sono

Gu Cheng (poeta contemporâneo).

Será que isso fica tão bom em chinês quanto em português? Poesia…

A Tu Fu, um gracejo

Encontrei-te no alto da montanha de Fan-kuo Chapelão na cabeça, sob o sol do meio-dia. Achei-te emaciado, magro de dar pena. Estarás sofrendo de novo do mal da poesia?

Li Po (701-762)

Ratos na biblioteca

Todos dormem. A lâmpada queima com uma luz azulada, A rataria esfomeada esgueira-se dos seus buracos: Pim pum - a barulhada de pires e pratos Que se quebram - pondo fim a meus sonhos.

Impaciento-me. Derrubarão o tinteiro sobre a mesa? Preocupo-me. Estarão roendo os livros nas estantes? Meu filhinho imita o miado de um gato, Solução por certo sem o menor efeito!

Mei Yao-Ch’en (1002-1060)

O Alaúde

O alaúde sobre o escabelo torneado. Sento-me, indolente e emocionado: É preciso que dedilhe as cordas? O vento roça-as e, sós, soam as notas.

Po Chü-Yi (772 - 846)

In: Revista Poesia Sempre, nº27. Tradução de A.B. Mendes Cadaxa.

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